Há algum tempo que estou pensando neste post. Sempre recebo e-mails com dúvidas sobre o que "pode, não pode, deve, não deve" ser usado nos arranjos ou na ornamentação em geral nos templos da ICM.
A ideia deste post já rodeava minha mente há tempos, mas tomou forma mesmo quando a irmã Beliza Amorim, da ICM IAPI, Salvador, BA, enviou uma pergunta recorrente: Posso ou não usar galhos secos nos arranjos? Ela entrou em contato e recebeu a resposta vinda da coordenação do trabalho de senhoras no Presbitério, e reenviou para mim.
Vou dedicar, ao menos uma vez por semana, um post sobre as orientações contidas na apostila, mas hoje gostaria de falar especificamente sobre o arranjo e, em especial, sobre os tais galhos.
Obviamente há entre nós irmãs que trabalham com ornamentação de festas, floricultura, ou estudou sobre a "arte floral", mas o fato é que a maioria das irmãs não possui nenhum tipo de formação específica para isso, somos usadas e capacitadas apenas pelo Senhor e o que fazemos é pela fé e graça mesmo....rsrs....."aprendemos na marra"... muitas sozinhas (como eu) buscando vídeos na internet, lendo revistas que falam sobre o assunto, trocando experiências com outras irmãs, vendo as que tem prática fazendo, para depois colocar a "mão na massa" e tentar também... enfim, nada profissional, cada uma busca, à sua maneira, tentar fazer o melhor.
Ideias não faltam, modelos maravilhosos também não, e o galhos secos, acredito, devem fazer parte de uma estrutura criada para dar movimento ao arranjo (as irmãs que trabalham com isso podem falar melhor à respeito), mas, como tudo na "OBRA" perfeita de Deus, há orientações específicas para os arranjos feitos para o púlpito da ICM. Qualquer modelo de arranjo pode ser feito, mas ao escolher o modelo a irmã já deve ter em mente que ele não pode ultrapassar 40 cm de altura, já contando com a jarra! Ou seja, da base da jarra utilizada ao ápice da flor mais alta não pode passar 40 cm!. "Ah, mas esse modelo só fica legal se for mais alto que 40 cm..." Sinto muito, escolha outro modelo.... essa é uma regra, não uma opção, a apostila é bem clara em relação a isto. E tem um motivo: maior que isso pode atrapalhar a visibilidade de quem está no púlpito. (é melhor obedecer ou sacrificar?) Arranjos muito fartos, que ocupam todo o tampo do púlpito também atrapalham os movimentos de quem está lá. (Já vi um arranjo, que ocupava quase o púlpito todo, cair na hora que o pastor abriu a bílbia e tentou colocá-la sobre o tampo...!)
Qualquer tipo de flor e cor, inclusive as flores coloridas artificialmente, podem ser usadas. Todas de corte, ou seja, vasos com flores não podem ser usados, a menos que corte as flores e com elas façam o arranjo. Eu já fui a um culto em que colocaram no púlpito um "xaxim" (isso mesmo, um xaxim!) onde estava plantada uma orquídea que estava em flor. Não posso negar que as flores eram maravilhosas... mas isso estava fora da orientação.
E o ponto que considero mais importante em relação às flores: só flores frescas podem ser usadas! Flor artificial ou desidratada, frutas, pimentas e legumes não podem. E é aí que entra a história dos tais galhos... O arranjo tem um tipologia, um significado representativo. Ele representa nossas vidas diante do Senhor. Quando a irmã Beliza fez a pergunta, dei a ela a resposta que sempre envio para as irmãs que questionam o mesmo. Meu pensamento em relação a isso é esse:
Usamos flores frescas e vivas, que serão conservadas ao longo da semana com a dedicação e o cuidado das irmãs, sendo hidratadas, retirando do meio do arranjo aquela flor murcha ou com fungo que pode contaminar as demais e retirar a beleza do arranjo, certo? A apostila do trabalho de senhoras diz que o arranjo simboliza nossas vidas diante do Senhor, portanto vejo o derramar do Espírito Santo (água), o cuidado do Senhor conosco e a retirada de nós, ou do meio da igreja, o que trás prejuízo. Então no MEU entendimento não cabe no arranjo, que representa tão espiritualmente nossas vidas, nenhum objeto seco, sem vida, a não ser a semente do trigo, como a própria apostila permite, pois a mesma, ainda que esteja seca é capaz de germinar... Então, não repreendo ninguém que queira fazer, o “hábito” do nosso bairro é não usar, mas no bairro vizinho por exemplo, usam. Sempre expresso o meu entendimento quando alguém pergunta à respeito, mas deixo a pessoa decidir.
No MEU entendimento (registro aqui: MEU entendimento não é uma verdade absoluta, é uma opinião pessoal, cada um pode discordar, heim!) que os galhos secos (que um dia já foram uma planta viva) se encaixam na restrição de "desidratadas"... Essa sempre foi minha resposta, mas agora quando me peguntarem vou enviar a resposta que veio diretamente do Presbitério e que, no MEU entender, recomenda não usar:
"Querida irmã, a Paz do Senhor!
A apostila nos fala para usarmos o bom senso e evitarmos novidades. Nunca vi aqui em Vila Velha I a igreja perto do Presbitério arranjos com galhos secos. Um arranjo para ser bonito não precisa desse tipo de artifício.
Grande abraço e disponha."
Gessilda Simões
Departamento de Senhoras
Estudos Via Satélite
Igreja Cristã Maranata- PES
(55-27-3320-3301
Diante de tudo isso, em Carapina Grande II, Serra - ES, nós que sempre recusamos usar, continuaremos com esta posição, mas cada um avalie e decida o que considera melhor. EU entendo que não deve-se usar, mas como a própria palavra diz... cada um avalie a si mesmo... e decida! Amém?
Se ainda resta alguma dúvida em seu coração com relação a isto envie um e-mail para o Departamento de Senhoras que prontamente será respondido. E eu continuo aqui, à disposição, e SEMPRE agradecendo e contando com as colaborações valiosas de todos vocês! Fiquem com a paz do Senhor! Beijos